O projeto ‘Estante Cultural’, com a presença de autores de Macaé, e a exposição de trabalhos de alguns dos 14 artistas do grafite macaense, que pela primeira vez confeccionaram painéis nos estandes e na entrada do Beer Beach Burger, na orla da Praia dos Cavaleiros, despertaram muito interesse do público. A 8ª edição do evento do Polo Gastronômico de Macaé, realizado de quinta-feira (5) até domingo (8), agitou culturalmente a cidade, aqueceu a economia local, com público acima da expetativa dos organizadores, e ainda beneficiou os artesãos do município.
Somadas às atrações artísticas, entre convidados de outros estados e profissionais locais de gêneros musicais variados - do blues e rock’n roll ao rap - as artes visuais urbanas e a literatura macaense encontraram o seu espaço e despertaram a atenção dos frequentadores do festival. Os projetos do Polo Gastronômico pretendem apresentar ao público do Estado do Rio de Janeiro a cultura gastronômica de Macaé associada à identidade do município, que passa pelo grafite, seus diversos gêneros musicais, pelas histórias contadas pelos escritores macaenses e pelo artesanato local.
A jornalista, contadora de histórias e membro da Academia Macaense de Letras, Andréa Pessanha, no ‘Estante Cultural’, um projeto da Secretaria de Cultura de Macaé, fez o pré-lançamento dos seus livros infantis ‘Mimi, a gata mimada’ e ‘As aventuras de Moema na floresta’. O último faz parte do projeto de contação de histórias de cultura afro-brasileira e indígena, ‘Deixa Eu Contar’.
“Precisamos falar dos nossos povos originários. A minha família por parte de pai é indígena. Eu sinto muita falta da literatura com este tema nas escolas. O projeto, montado no ano passado, busca valorizar a nossa ancestralidade e falar sobres nossas tradições. Além dos costumes, trato sobre a questão ambiental. As crianças devem vivenciar estes temas diariamente nas escolas”, salientou.
“Olhar para este espaço foi o que me despertou a vir conversar com a Andréa Pessanha. Vi uma cultura diferente, além da gastronomia e da música, outros tipos de arte que me interessam também e acho que faltam um pouco em Macaé. Achei muito interessante, porque as pessoas se esquecem da leitura e de outras artes que não estão em seu costume, mas tendo acesso a estas áreas, começam a despertar outros sentidos”, avaliou a visitante da galeria de arte e 'Estante Cultural'”, Marina Gil.
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